quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Conversando com Deus (aqui e agora...)














N
esse início de ano tenho lido algo sobre espiritualidade, porém não tem nada que fale mais do que o dia dia. No cotidiano as atitudes, as palavras, o que vemos e ouvimos, se observarmos com sensibilidade, é onde encontramos os melhores sinais do que é espiritualidade, de como vivê-la intensamente. Um gesto no trânsito, uma conversa em casa ou até mesmo esperar na fila do supermercado ou do banco; tudo transpira espiritualidade, basta observar com cuidado. São nas experimentações diárias que vivemos o que há de mais profundo no nosso relacionamento com Deus.
Assisti recentemente o filme Conversando com Deus (Conversations with God) baseado no livro de mesmo título de Neale Donald Walsch. Consegui enxergar justamente isso. O livro é baseado nas experiências pessoais do próprio autor e, resumindo, fala dos dramas pessoais, da luta diária que toda pessoa enfrenta pela sobrevivência. No entanto, em sua busca por sobrevivencia o personagem se encontra num diálogo com deus. Isso mesmo! Deus com "d" minúsculo. Na verdade ele tem um encontro consigo mesmo e com a realidade de terceiros, elaborando conversações espiritualizadas, pois todo ser humano busca entendimento do seu destino, do motivo de estar aqui e do por quê de tanto sofrimento. Esta história me falou muito sobre o nosso relacionamento com Deus. Deus está bem aqui, presente, interferindo e agindo. O problema é que o mundo atual (e a eclesiologia da moda) diz que se Ele não age a meu favor positivamente é porque algo vai errado. Mas no nosso relacionamento com Deus e com o próximo, em nossa interação com o ambiente podemos tirar verdadeiras lições, aprender com os momentos ruins e com as horas alegres. O que retiramos de lições em nossas vidas é essencial para desenvolver nossa espiritualidade.
V
ejo meus sobrinhos crescendo, se desenvolvendo, suas gargalhadas e suas necessidades de interação e penso em como somos dependentes de Deus. Sabe quando você se pega sorrindo sozinho, diante de uma situação, de uma piada boba contada num cantinho de jornal? E aquela história do bebê abandonado ou aquele filme que arranca uma lágrima sua, mesmo que você disfarce? Todos são momentos de uma vida toda que não se divide ou se desintegra em partes. Este sou eu, este é você. Respire fundo pois somente no ato de encher os pulmões já dá pra compreender que espiritualidade é muito mais que uma prece ou um momento de extâse durante o louvor de domingo à noite. Preste atenção nos detalhes da sua vida e veja como Deus está sempre presente, mesmo na fila do banco ou durante um duro dia de trabalho. Se você não consegue perceber, pelo menos pense (mente) na presença Dele ou tenha uma atitude que faça você se mover espiritualmente: Ajude, crie, convide, some, multiplique, tenha uma atitude positiva! Pode até parecer uma simples lição de auto-ajuda, de esoterismo, no entanto precisamos estar sensíveis em todos os momentos, integralmente, para experimentar espiritualidade, se permitir ser espiritual. No filme, Neale tem um encontro marcante no ápice da história: ele se encontra consigo mesmo, com a essência do seu ser. Conversar com Deus é se encontrar com Ele sempre, o tempo todo, seja onde for. Não se preocupe com suas imperfeições, Ele vai te entender perfeitamente...

Um comentário:

Lara Nobre disse...

Minha mãe faleceu no sábado. A dor de saber que ela não está mais aqui é muito ruim.
Suas palavras, ou sua lição foram muito apropriadas para mim.
Muito obrigado!

William Nobre